Mnémósine
Essa
performance, foi feita na semana de abertura de processos de artes cênicas da
UVV, onde fizemos instalações com objetos pessoais onde trazia lembranças de
algum período da vida, Cada um fez uma instalação em um ponto distinto, e em um
dado momento cada um interagia com a sua instalação de forma livre e
individual.
Minha
instalação foi com elementos que coleciono do México, (bandeiras, camisa da
seleção, bonecos da turma do chaves) e alguns equipamentos de circo na qual foi
minha primeira arte e que carrego no sangue uma geração, (malabares,
monociclo). Montei minha instalação e no momento de interação, resolvi somente
ficar sentado olhando cada objeto.
Bom
primeiro preciso destacar, que todos meus objetos me rementem diretamente a
figura da minha avó, uma pessoa que foi importante na minha formação e na minha
vida, e que involuntariamente, comecei a lembrar dela e todas coisas que sinto
a respeito, isso provocou em mim uma necessidade de chorar. Essa performance na
verdade é muito individual, não sei se eu era um público que me emocionei com
minha própria exposição, ou se minha reação faz parte do objeto exposto, ou se
expressão de curiosidade ou de afeto com os carinhos que recebi das pessoas ao
me ver chorar se faz parte do objeto performativo. Não sei me responder, mas
sei que a performance destaca essa interação que a performance ocupa, essa
quebra de hierarquias, entre objeto, plateia e ator, transformando tudo em um
só, transformando a arte em experiência, algo que é mais do que olhar e interagir,
ao ver meus amigos com seus objetos compreendendo o indivíduo de cada um, vendo
tudo que nossa turma já caminhou, tudo isso mexeu muito comigo, não sei fazer
um relato sobre essa performance, sem ser pessoal; pois acho que esse trabalho
foi justamente essa junção, acho que muitas pessoas não entenderam a performance,
e infelizmente não tivemos o tempo do bate papo, mas acredito que a não compreensão
foi justamente sobre o costume que o público tem em ser público, um observador
não interativo.
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